Veio o intervalo, a despedida de Ronaldo da Seleção, a volta olímpica do Fenômeno e o discurso final. Foi o ponto alto da noite, que levou a torcida à loucura.
Passado o momento de festa, o Brasil voltou com Nilmar no lugar de Ronaldo, que havia rendido Fred aos 30 minutos do primeiro tempo. O técnico Mano Menezes não demorou e começou a testar mais peças.
Thiago Neves, Lucas, Lucas Leiva e Luisão entraram na partida. O placar não mudou, e o número de vitórias sobre a Romênia aumentou para quatro em cinco partidas.
Um a zero para o Brasil no último amistoso antes da Copa América.
Despedida de Ronaldo
Ronaldo se emocionou e tocou os brasileiros apaixonados pelo bom futebol presentes no Pacaembu e em frente às TVs em todos os cantos do país.
Não foi uma despedida qualquer. Nem poderia. Foi em grande estilo, do tamanho de um craque que teimou e persistiu em ser genial apesar dos percalços e dos muitos, e graves, obstáculos no caminho.
Ronaldo chegou cedo ao Pacaembu - antes da delegação da Seleção Brasileira. Estava ansioso. Conseguiu se descontrair um pouco com a chegada dos jogadores, a quem abraçou, a todos. De Robinho, recebeu um beijo, do amigo, que sempre disse que considerava o Fenômeno o seu ídolo.
Trocou de roupa, recebeu a camisa 9, sua de direito há tanto tempo, e aqueceu com o time. Só não entrou em campo. Ficou conversando com os filhos Ronald e Alex e com o sócio Marcos Buaiz.
Ronaldo queria ver um pouco do primeiro tempo, mas não tinha como. Só iria entrar no gramado quando o ponteiro do jogo marcasse 30 minutos. O momento chegou e ele chamou o supervisor da Seleção, Guilherme Ribeiro, para acompanhá-lo.
Lá fora, o público já pedia por Ronaldo aos gritos. E delirou quando o Fenômeno entrou em campo, para ouvir uma recomendação de Mano Menezes e entrar no lugar de Fred.
O jogo passou a ter um cenário especial. Havia uma expectativa, uma energia diferente que vinha de arquibancada, todos de olho em Ronaldo, à espera, quem sabe, de um gol consagrador.
O gol quase veio em três lances. Não aconteceu, não fez falta, ninguém reclamou. Terminou o primeiro tempo, terminava também o seu tempo no futebol.
Ronaldo atravessou o corredor formado pelos jogadores de Brasil e Romênia e foi se despedir do torcedor que sempre o apoiou em uma volta olímpica acompanhado dos filhos.
Antes de voltar ao vestiário, agradeceu no meio do campo ao povo brasileiro e desceu as escadas de um estádio pela última vez. No vestiário, recebeu mais abraços, tirou a camisa e já poderia voltar para casa.
- Foi emocionante demais. Por mais que imaginasse o que iria acontecer, tudo fugiu a minha melhor expectativa. Foi lindo demais.
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