Seleção não empolga na despedida de Ronaldo




São Paulo - O dia era de Ronaldo. O Estádio do Pacaembu estava cheio para vê-lo se despedir da Seleção. Mas para quem está se preparando para a Copa América, qualquer tempo para treinar é importante. E foi isso que a Seleção do técnico Mano Menezes fez, inclusive enquanto o Fenômeno esteve em campo.

Sempre com domínio da posse de bola na partida, a Seleção atacou durante todo o primeiro tempo. Depois de tanto martelar, Fred abriu o placar. Neymar o deixou na cara do gol e ele teve apenas o trabalho de empurrar para as redes.

Neymar, Jadson e Robinho faziam boas trocas de passes desde o início da partida. E quando Ronaldo entrou em campo, não foi diferente. Foi dos pés deles que saíram as três chances que Ronaldo teve de marcar. Em duas o goleiro pegou, e numa Ronaldo isolou. Nada que atrapalhasse sua festa.

Veio o intervalo, a despedida de Ronaldo da Seleção, a volta olímpica do Fenômeno e o discurso final. Foi o ponto alto da noite, que levou a torcida à loucura.

Passado o momento de festa, o Brasil voltou com Nilmar no lugar de Ronaldo, que havia rendido Fred aos 30 minutos do primeiro tempo. O técnico Mano Menezes não demorou e começou a testar mais peças.

Thiago Neves, Lucas, Lucas Leiva e Luisão entraram na partida. O placar não mudou, e o número de vitórias sobre a Romênia aumentou para quatro em cinco partidas.

Um a zero para o Brasil no último amistoso antes da Copa América.

Despedida de Ronaldo - O Fenômeno deixou os gramados. O maior artilheiro das Copas do mundo, um dos maiores entre tantos craques da Seleção Brasileira, Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldinho do inicio da carreira, se despediu do futebol e da camisa amarela sob consagração do torcedor que praticamente lotou o Pacaembu para vê-lo pela última vez num campo.

Ronaldo se emocionou e tocou os brasileiros apaixonados pelo bom futebol presentes no Pacaembu e em frente às TVs em todos os cantos do país.

Não foi uma despedida qualquer. Nem poderia. Foi em grande estilo, do tamanho de um craque que teimou e persistiu em ser genial apesar dos percalços e dos muitos, e graves, obstáculos no caminho.

Ronaldo chegou cedo ao Pacaembu - antes da delegação da Seleção Brasileira. Estava ansioso. Conseguiu se descontrair um pouco com a chegada dos jogadores, a quem abraçou, a todos. De Robinho, recebeu um beijo, do amigo, que sempre disse que considerava o Fenômeno o seu ídolo.

Trocou de roupa, recebeu a camisa 9, sua de direito há tanto tempo, e aqueceu com o time. Só não entrou em campo. Ficou conversando com os filhos Ronald e Alex e com o sócio Marcos Buaiz.

Ronaldo queria ver um pouco do primeiro tempo, mas não tinha como. Só iria entrar no gramado quando o ponteiro do jogo marcasse 30 minutos. O momento chegou e ele chamou o supervisor da Seleção, Guilherme Ribeiro, para acompanhá-lo.

Lá fora, o público já pedia por Ronaldo aos gritos. E delirou quando o Fenômeno entrou em campo, para ouvir uma recomendação de Mano Menezes e entrar no lugar de Fred.

O jogo passou a ter um cenário especial. Havia uma expectativa, uma energia diferente que vinha de arquibancada, todos de olho em Ronaldo, à espera, quem sabe, de um gol consagrador.

O gol quase veio em três lances. Não aconteceu, não fez falta, ninguém reclamou. Terminou o primeiro tempo, terminava também o seu tempo no futebol.

Ronaldo atravessou o corredor formado pelos jogadores de Brasil e Romênia e foi se despedir do torcedor que sempre o apoiou em uma volta olímpica acompanhado dos filhos.

Antes de voltar ao vestiário, agradeceu no meio do campo ao povo brasileiro e desceu as escadas de um estádio pela última vez. No vestiário, recebeu mais abraços, tirou a camisa e já poderia voltar para casa.

- Foi emocionante demais. Por mais que imaginasse o que iria acontecer, tudo fugiu a minha melhor expectativa. Foi lindo demais.

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